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O cancro oral, ou o cancro da boca, é um tipo de cancro muito comum em todo o mundo. E afeta milhões de pessoas, mas sobretudo homens acima dos 45 anos.

Ao longo dos últimos anos, os métodos terapêuticos utilizados no controlo ou na mitigação dos efeitos do cancro oral têm vindo a progredir.

Contudo, isso não se tem refletido na taxa de sobrevida que tendeu a manter-se nos mesmos níveis, de acordo com instituições como a Liga Portuguesa Contra o Cancro ou a Ordem dos Médicos Dentistas.

As conclusões dos estudos apontam invariavelmente num mesmo sentido: devido à fraca regularidade de consultas de rotina com o médico dentista, o diagnóstico é, muitas vezes, tardio.

Neste artigo, abordamos o tema difícil do cancro oral, incentivando ao diagnóstico atempado que facilita, comprovadamente, o tratamento adequado, tornando-o mais efetivo e melhorando assim o prognóstico desta patologia.

 

O que é o cancro oral?

O cancro oral é o sexto tipo de cancro mais comum em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde classifica o cancro oral como um ou mais tumores malignos que afetem qualquer zona da cavidade oral, dos lábios à garganta. Ou seja, a patologia pode afetar também o céu da boca, as gengivas, as amígdalas ou faringe.

Mesmo assim, a zona mais comum para o seu aparecimento é o pavimento da boca (a mucosa existente por baixo da língua), o bordo lateral da língua e o palato mole (a zona mais macia que se encontra entre o céu da boca e a garganta).

Inicialmente, o cancro oral é uma doença silenciosa e tendencialmente indolor, o que coloca em evidência a necessidade de consultas regulares com um médico dentista que, na prática, é profissional responsável pelo diagnóstico e a avaliação de todos os sintomas da doença.

Sintomas do cancro oral

Infelizmente o cancro oral começa por ser indolor, a dor vai surgindo gradualmente ao mesmo tempo que a doença se agrava. Por este motivo, a vigilância é essencial enquanto método de prevenção e monitorização sintomática da doença.

Os primeiros sinais de alerta tendem a tomar uma de três formas: manchas na boca, cuja cor pode variar, mas que, normalmente, tendem a ser esbranquiçadas ou avermelhadas; a existência de uma massa na cavidade oral, mais ou menos enrijecida; ou a persistência de úlceras ou lesões que não cicatrizam (neste caso, o tempo de referência são duas semanas).

A par destes sinais, existem também outros sintomas que podem ou não estar associados ao cancro oral, devendo ser avaliados diretamente pelo médico dentista:

  • Dificuldade em mastigar ou engolir;
  • Dificuldade em movimentar a língua;
  • Gânglios linfáticos inchados;
  • Mobilidade dentária, sem razão aparente;
  • Parestesia ou perda de sensibilidade;
  • Zonas de crescimento anormal (massa/nódulo).

Ao mesmo tempo, existem ainda algumas condições potencialmente malignas, que o médico dentista diagnostica, trata ou referencia, de acordo com a avaliação em consulta. Destas, a mais comum é a leucoplasia, na qual se formam pequenas placas brancas.

O tratamento atempado deste tipo de condições é um pilar central da prevenção do cancro oral que deve ter em conta alguns fatores de risco.

Fatores de risco do cancro oral

A maioria dos fatores de risco do cancro oral, ou seja, a maioria das ações que influenciam o aparecimento desta doença, estão diretamente associados a um estilo de vida menos saudável.

Neste campo, incluem-se fracos hábitos alimentares como uma dieta pobre em frutas e vegetais e ainda outros hábitos menos recomendáveis como o tabaco e a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.

A exposição solar é também um fator de risco associado.

Isto é particularmente verdadeiro na zona labial que, quando exposta excessivamente ao sol e sem a proteção mais adequada pode aumentar a probabilidade do aparecimento do cancro oral.

Ao mesmo tempo, a genética de alguns pacientes pode também ser considerada um fator de risco. O cancro oral tende a afetar mais os homens, em particular entre os 45 anos e os 65 anos de idade e a probabilidade do seu aparecimento sobe também no caso de o paciente ter já um historial de doença familiar. 

Mesmo assim, o número de casos de cancro oral tem vindo a aumentar entre os jovens adultos, mas devido ao vírus do papiloma humano (HPV), transmitido por via sexual. O HPV está associado a uma grande parte das neoplasias ocorridas na zona da cavidade oral e estas, por sua vez, podem também dar origem ao cancro oral.

Tratamento do cancro oral

O tratamento do cancro oral depende de caso para caso e está intimamente ligado à fase em que se encontra, quando diagnosticado pelo médico dentista. O plano de tratamento completo envolve uma equipa multidisciplinar e a remoção da zona de tecido afetada, muitas vezes acompanhada por um tratamento cirúrgico e de radioterapia.

Quando o cancro oral é detetado na sua fase inicial, é possível tratá-lo com alguma facilidade.

Muitas vezes, a remoção do tecido afetado pode até ser o um procedimento suficiente para solucionar o caso específico. Mais uma vez se sublinha a importância da prevenção do cancro oral, cujo diagnóstico atempado está diretamente associado a uma taxa de sobrevivência superior. 

 

Como prevenir o cancro oral

Ao longo deste artigo, demos enfâse à importância e ao papel que o médico dentista pode ter na prevenção do cancro oral.

Esta é a primeira e talvez a mais importante medida de prevenção. É importante sublinhar que o cancro oral pode desenvolver-se mesmo em pessoas com hábitos saudáveis e, quando as outras medidas de prevenção falham, é no consultório que o diagnóstico é feito e o tratamento se planeia.

Como vimos, o cancro oral está muito associado ao estilo de vida do paciente, nomeadamente aos seus hábitos de consumo.

Prevenir o cancro oral passa exatamente pela adoção de uma dieta equilibrada e saudável, pela redução do consumo excessivo de álcool, bem como do consumo de tabaco. Mesmo assim, é possível complementar a visita regular ao médico dentista, através da adoção de hábitos de monitorização e vigilância da cavidade oral. 

Esteja atento ao aparecimento de manchas, de nódulos ou de massas endurecidas, aftas que não cicatrizam na zona da boca e garganta, bem como aos sintomas referidos em cima. E, em caso de dúvidas, marque uma consulta com o seu médico dentista para proceder ao rastreio do cancro oral.

17.01.2022 Doença Oral