A higiene dentária infantil é uma forma de incutir nos mais novos os melhores hábitos de saúde oral, logo a partir dos primeiros anos de vida.
Quanto mais cedo começar a dar o exemplo e a apoiar os seus esforços, mais depressa os seus filhos serão capazes de valorizar e compreender a importância de uma higiene dentária infantil cuidada.
Afinal, é do seu futuro que estamos a falar, certo? Mas como pode fazer isso? Qual é, a melhor altura para dar início a uma rotina de higiene dentária infantil? Quais os riscos associados a uma higiene oral deficiente?
Continue a ler e conheça as respostas sobre tudo o que precisa de saber acerca da higiene dentária infantil.
Como em tudo o que diz respeito à educação e ao desenvolvimento das crianças, a importância da higiene dentária infantil funciona como um investimento no crescimento saudável dos mais pequenos.
Os bons hábitos incutidos ao longo da infância tendem não só a desenvolverem-se para outras áreas da vida, como a contribuírem para que os jovens cresçam da melhor forma possível.
Nesse sentido, a higiene dentária infantil torna-se importante não só porque permite a prevenção de algumas doenças orais, tais como as cáries; como também influencia positivamente o modo como as crianças cuidam da sua saúde como um todo, à medida que vão crescendo.
Quando a higiene dentária infantil é habitual e cuidada, tudo se desenvolve de forma saudável: os ossos da cara, a mastigação correta dos alimentos e a articulação clara da palavra.
Ou seja, a higiene dentária infantil ajuda as crianças a melhorarem os seus atributos fonéticos e estéticos, dando-lhes confiança para se sentirem melhores consigo próprias e com os que os rodeiam.
Um pouco antes de nascerem os primeiros dentinhos do bebé, pode já dar início à rotina de higiene dentária infantil.
Os primeiros dentes de leite tendem a nascer algures entre os primeiros seis e os primeiros 10 meses de idade. Assim, uma boa altura para começar a rotina de higiene dentária infantil encontra-se um pouco antes desta fase, por volta dos quatro meses.
Mesmo quando os dentes da criança ainda se encontram por nascer, pode ir limpando as gengivas dos mais pequenos. Para o fazer, basta aplicar de forma leve uma gaze humedecida em água ao longo das gengivas.
Este é um procedimento bastante simples, mas que vai já dando início a uma rotina de higiene dentária infantil.
Contudo, podemos dizer que a higiene dentária infantil tem realmente início assim que nascem os primeiros dentes de leite.
Nesse momento, os pais devem adquirir uma escova de dentes adequada à idade da criança e utilizá-la duas vezes ao dia, sem ainda aplicarem a pasta de dentes.
E tal como acontece com os adultos, também o início da higiene dentária infantil deve ser acompanhado por um profissional de saúde – no caso, um médico de especialidade em odontopediatria.
Ao longo dos primeiros anos de vida, tanto a chucha como o biberão têm o seu papel a cumprir. Contudo, existe um prazo recomendado para que a sua utilização cesse: idealmente, em torno dos dois anos de idade – cerca de um ano depois dos primeiros dentes terem nascido.
Lembre-se que uma higiene dentária infantil cuidada exerce uma grande influência na dentição definitiva dos mais pequenos.
Mas nem só de pastas e escovas de dentes se faz a higiene dentária infantil – a gestão da utilização da chucha e do biberão são também muito importantes.
Por isso mesmo, muitos pais e mães se questionam acerca do momento exato. Sabemos que o período de desabituação pode ser um pouco complicado, mas existem formas de o fazer gradualmente.
Além disso, a utilização da chucha para lá do recomendado pode dar também origem a algumas consequências, tais como a malformação das arcadas dentárias que, deste modo, podem ser prevenidas pela higiene dentária infantil.
Converse com o seu odontopediatra. Este é o profissional de saúde mais indicado para lhe dar a conhecer as melhores formas de desabituação da chucha, tendo em conta o seu caso específico.
Além do mais, será também esta a pessoa mais indicada para lhe dar a conhecer as principais consequências associadas à sua sobre utilização, nas quais se incluem as cáries.
As cáries dentárias são uma das doenças orais mais comuns. Isso é verdade tanto para os adultos, como para as crianças. Nesse sentido, a higiene dentária infantil é também importante na prevenção do aparecimento de cáries que, em Portugal, afeta cerca de metade das crianças até aos seis anos de idade.
É também por isso que os bons hábitos de higiene dentária infantil se devem incutir logo a partir dos primeiros anos.
Nos bebés e nas crianças ainda mais pequenas, as cáries tendem a aparecer principalmente devido à utilização da chucha e do biberão e principalmente antes de irem dormir.
Durante o sono, a produção de saliva diminui e os açúcares líquidos outrora presentes tanto na chucha, como no biberão, acabam por se manterem fixos nos dentes do bebé.
Mesmo assim, nem tudo são más notícias. Na verdade, a prevenção das cáries em crianças está diretamente associada ao modo como mantém a higiene dentária infantil dos seus filhos. Se for cuidada, o mais certo é tudo correr pelo melhor.
Como vimos, a higiene dentária infantil pode até começar antes de os primeiros dentes do bebé nascerem. A rotina continua por aí adiante até perto dos três anos de idade, altura em que se introduz, pela primeira vez, a pasta de dentes.
Nesta fase da higiene dentária infantil, a pasta de dentes deve ser utilizada em pequeníssimas porções, sendo que o essencial é mesmo ensinar os seus filhos a não engolirem o dentífrico enquanto escovam os dentes corretamente.
Ao mesmo tempo, é também por esta altura que começamos a prestar mais atenção à utilização do fio dentário durante a higiene dentária infantil.
Há quem recomende a utilização do fio dentário logo a partir do momento em que existe contacto entre os dentes e há quem sugira que este contacto não é tão significativo e que, por isso, a sua utilização para uma higiene dentária infantil adequada pode esperar pela erupção de mais dentes.
Por outras palavras, o fio dentário deve ser incluído na higiene dentária infantil algures entre os dois e os quatro anos de idade. Mesmo assim, cada caso é um caso e o odontopediatra é o profissional de saúde mais indicado para lhe responder a esta questão.
Por último, é importante lembrar-se ainda de duas coisas:
A falta de um consumo regrado de açúcares pode levar à produção excessiva de ácidos que formam a placa bacteriana e que, por sua vez, dão origem às cáries.
No caso de a higiene dentária infantil ficar aquém do expectável, o mais certo é a presença contínua de açúcares e de placa bacteriana dar origem a uma ou mais cáries infantis.
Contudo, até quando a higiene dentária infantil corre de acordo com o planeado, é possível que as cáries apareçam. Afinal, esta é uma das doenças orais mais comuns, certo? Quando assim é, há uma última recomendação essencial para manter uma higiene dentária infantil cuidada.
As visitas regulares ao médico dentista são fundamentais para a saúde oral e devem fazer parte dos bons hábitos associados à higiene dentária infantil.
A primeira consulta de odontopediatria deve ser feita, no mínimo, antes dos primeiros 12 meses e, no máximo, até aos três anos de idade. Essencialmente, esta primeira consulta serve para rastrear eventuais problemas orais de modo a que o tratamento se possa iniciar o mais rapidamente possível.
Além do mais, as visitas regulares ao médico dentista, por forma a manter ou a melhorar a higiene dentária infantil, são também imprescindíveis para a prevenção de uma outra condição: a fobia odontológica.
Talvez nunca tenha ouvido falar neste termo, mais conhecido pela expressão coloquial do “medo do dentista”.
Há muitas razões para que o receio de visitar um médico dentista se instale nos mais pequenos. Contudo, a verdade é que as visitas regulares à Clínica Isabel Flores Allen, em conjunto com a empatia da nossa equipa médica, vão fazer com que os seus filhos se sintam confortáveis e em segurança para tratarem da sua higiene dentária infantil.
Por isso mesmo, é importante que a criança se familiarize com o ambiente clínico, bem como com o profissional de saúde oral que a acompanha na sua higiene dentária infantil.
Ao mesmo tempo, também é verdade que o nascimento de um filho é sempre uma época cheia de dúvidas que merecem o devido esclarecimento.
Naturalmente, a higiene dentária infantil faz parte deste processo, principalmente para quem acabou de ter o seu primeiro filho.
Durante a primeira consulta, aproveite para colocar todas as suas questões acerca da higiene dentária infantil, incluindo não só acerca da periodicidade com que as deve realizar, mas também acerca de qualquer outra questão como, por exemplo, a utilização de suplementos de flúor.
A utilização de flúor durante a higiene dentária infantil é uma questão relativamente comum. Contudo, a resposta a esta pergunta apenas se encontra dentro de um consultório.
Para a maioria das crianças que pratica uma higiene dentária infantil cuidada, a utilização de uma pasta de dentes fornece o flúor necessário para ajudar a prevenir o aparecimento da cárie infantil.
No entanto, algumas crianças são mais suscetíveis ao aparecimento de cáries do que outras e, assim, o médico odontopediatra pode recomendar a utilização diária ou semanal de um suplemento de flúor, de modo a manter a higiene dentária infantil.
Ao assumir que a higiene dentária infantil é um investimento na saúde dos seus filhos, os riscos de uma má higiene dentária nas crianças são fáceis de antecipar.
Desde logo, a questão das cáries, como temos vindo a abordar até aqui. Mas existem inúmeras outras. Por exemplo, se a higiene dentária infantil não for devidamente cuidada, o mais certo é a placa bacteriana ir-se acumulando nos dentes até formar tártaro, cujo único tratamento é a destartarização.
Além disso, lembre-se que a higiene dentária infantil ajuda também a desenvolver os ossos dos maxilares de forma correta o que, por sua vez, ajuda a que os dentes possam nascer corretamente.
Tudo isto, em conjunto, oferece às crianças a possibilidade de ganharem o gosto pela higiene dentária infantil, compreenderem a importância não só deste hábito, mas de todos os outros bons hábitos e, por último, a compreenderem que o esforço que fazem é um investimento que vai compensar no futuro.